No dia 7 de maio, o 9º Batalhão de Manutenção (9º B Mnt) realizou um teste de navegação da viatura blindada de transporte de pessoal com capacidade anfíbia, o EE-11 Urutu.
A viatura pertencente ao 17º Regimento de Cavalaria Mecanizado (17º RC Mec), que passou por um processo de modernização, executado pelo 9º B Mnt.
A atividade teve por objetivo testar o sistema de navegação do blindado. Durante o exercício, o blindado de 13.000 kg foi colocado por completo na água, onde demonstrou com excelência sua capacidade de transpor cursos d’agua.
VBTP EE-11 Urutu
O desenvolvimento do blindado de transporte de pessoal EE-11 Urutu começou em 1970. O primeiro protótipo foi construído no mesmo ano. A produção do EE-11 Urutu começou em 1974. Inicialmente produzido para as forças armadas brasileiras, logo o EE-11 Urutu foi exportado para a Bolívia, Chile, Colômbia, Chipre, Equador, Gabão, Iraque, Líbia, Marrocos, Uruguai e Venezuela. Cerca de 1.500 veículos deste tipo foram construídos.
Este blindado de transporte de pessoal tem duas camadas de blindagem. A camada externa é feita de aço duro, enquanto que a armadura interna apresenta maior viscosidade. O motor montado na frente também aumenta a proteção passiva para os ocupantes. A frente do casco fornece proteção contra munições perfurantes, enquanto a proteção em geral é contra projéteis de armas leves, estilhaços de minas e fragmentos de artilharia. O EE-11 Urutu é equipado com um sistema automático de supressão de fogo, porém o sistema de proteção NBC era apenas facultativo .
O EE-11 Urutu é armado com uma única metralhadora de 12,7 mm, montada sobre o teto. Há um número de variantes do EE-11 equipado com várias torres e diferentes tipos de armamento.
O EE-11 tem uma tripulação de um piloto e pode transportar de 12 a 14 soldados totalmente equipados. Tropas entram e saem do veículo através de portas laterais ou traseiros, ou pelo teto do veículo. Há um número de portas fogo fornecida.
Desenvolvidos pela Engesa, o Urutu e o Cascavel foram grandes sucessos de exportação. Os dois veículos possuem muitos componentes em comum e utilizam a suspensão Engesa Boomerang. O Urutu é um blindado leve e com capacidade anfíbia. Recebeu diferentes equipamentos de acordo com as necessidades dos clientes.
Atualmente, o Exército Brasileiro está desenvolvendo um programa de modernização destes veículos, de modo a estender sua vida útil, pois sua blindagem era fraca demais para suportar munição perfurante moderna para fuzil. Um exemplo desta deficiência ocorreu no Haiti há alguns anos atrás, quando uma bala perfurou a lataria do Urutu e feriu um militar brasileiro na mão.
Países como Chile, Jordânia e Iraque, já desativaram seus Urutus. Os mais novos Urutus possuem cerca de 15 anos de uso. Mas em 2006, outras 6 unidades inacabadas foram adquiridas pelo Exército Brasileiro. A média de uso destes veículos, no exército brasileiro, é superior a 30 anos.
O veículo será sucedido pelo Guarani, unidade modernizada. O governo brasileiro já encomendou 2.044 destas novas viaturas junto à empresa Iveco. Em 13 de Março de 2017 três veículos foram doados para a PMERJ.